A confirmação de um foco de gripe aviária em uma granja comercial no Rio Grande do Sul, em 15 de maio, causou forte impacto nas exportações brasileiras de carne de aves. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil deixou de embarcar cerca de 123 mil toneladas do produto entre maio e junho, comparado ao mesmo período de 2024. Nos dez dias após a detecção do caso, os embarques caíram drasticamente, refletindo uma média diária de 14.025 toneladas, frente às 20.210 toneladas de maio. A perda acumulada nos embarques supera 123 mil toneladas.
A repercussão do surto se estendeu nas semanas seguintes, com o Brasil embarcando 224.040 toneladas nos primeiros 14 dias úteis de junho, uma média diária de 16.003 toneladas. No entanto, a situação começou a mudar com o reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) do fim do surto de gripe aviária de alta patogenicidade (H5N1) no plantel comercial brasileiro. O Ministério da Agricultura informou que diversos países já estão retirando as restrições, sinalizando um novo cenário para as exportações brasileiras de carne de aves.