A Suprema Corte dos Estados Unidos autorizou, nesta terça-feira, a proibição de pessoas transgêneros servirem no exército americano, revertendo uma liminar que impedia a medida. A decisão, proposta durante o governo de Donald Trump, afeta mais de 4.000 militares em serviço e impede novos recrutamentos de transgêneros. O julgamento foi aprovado pela maioria conservadora da corte, atendendo a um pedido do Departamento de Justiça.
A medida, que já havia sido bloqueada por cortes inferiores, foi defendida pelo governo como necessária para ‘a eficácia militar e a unidade das forças armadas’. Grupos de direitos civis e ativistas LGBTQ+ criticaram a decisão, classificando-a como discriminatória e um retrocesso nos direitos conquistados pela comunidade transgênero nos últimos anos.
A polêmica começou em 2017, quando Trump anunciou a proibição via Twitter, alegando ‘custos médicos elevados e distrações’. Desde então, a medida enfrentou resistência judicial, com tribunais federais considerando-a inconstitucional. Com a decisão da Suprema Corte, o governo federal tem agora aval para implementar a política, embora especialistas jurídicos afirmem que novas ações judiciais podem surgir.