A Suprema Corte dos Estados Unidos autorizou, nesta terça-feira, a proibição de pessoas transgênero servirem no exército americano, revertendo uma liminar que impedia a medida proposta pelo governo Trump em 2017. A decisão, aprovada pela maioria conservadora do tribunal, permite a dispensa de mais de 4.000 militares transgêneros e barra novos recrutas com essa identidade de gênero.
A medida foi solicitada pelo Departamento de Justiça, que argumentou questões de “prontidão militar” e custos médicos. Organizações de direitos humanos criticaram a decisão, classificando-a como discriminatória e um retrocesso para a inclusão. O governo Trump havia defendido a política como necessária para “a eficácia letal” das forças armadas.
A decisão encerra uma batalha judicial de dois anos, mas especialistas alertam que o debate pode continuar no Congresso. Ativistas planejam novas ações legais, enquanto o Pentágono afirmou que implementará a política “de forma justa”. A medida contrasta com as forças armadas de outros países ocidentais, como Canadá e Reino Unido, que permitem o serviço militar de pessoas transgênero.