O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quinta-feira (data) prorrogar por 60 dias as investigações da Operação Sisamnes, que apura uma rede de venda de sentenças e vazamento de dados sigilosos em tribunais dos estados de Mato Grosso, Tocantins e Mato Grosso do Sul, com possível extensão a gabinetes do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A decisão atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apresentou elementos indiciários suficientes para justificar tanto a extensão do prazo do inquérito quanto a manutenção da competência do STF para supervisionar o caso. Zanin destacou a complexidade das investigações, que envolvem múltiplos estados e instâncias do Judiciário.
A Operação Sisamnes – nome que remete ao mito persa do ‘juiz corrupto’ – já identificou indícios de um esquema organizado que atuava em pelo menos três tribunais estaduais. Segundo a PGR, as investigações continuam para apurar possíveis conexões com ministros do STJ e a extensão total da rede ilegal.