A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou a fase de depoimentos de testemunhas no processo que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado. Ao todo, foram realizadas 12 audiências, com 52 pessoas ouvidas, a maioria indicada pelas defesas dos acusados. A última testemunha, um senador que integrou o governo anterior, negou ter conhecimento de qualquer articulação golpista por parte dos investigados, afirmando que o clima após as eleições de 2022 era de preocupação com a transição pacífica.
O próximo passo será o interrogatório dos oito réus, marcado para começar no dia 9 de junho. Os depoimentos serão presenciais, com os acusados tendo o direito de permanecer em silêncio. O primeiro a ser ouvido será um militar que colaborou com a investigação, seguido pelos demais em ordem alfabética. O ex-presidente da República, um dos investigados, será o sexto a prestar depoimento.
O caso, relatado pelo ministro Alexandre de Moraes, tem como foco supostas ações para desestabilizar a democracia após as eleições de 2022. Durante as audiências, testemunhas relataram encontros e conversas entre os investigados, mas as defesas sustentam que não houve qualquer intenção de ruptura institucional. O STF agora avança para a fase decisiva de oitiva dos réus, que poderá trazer novos esclarecimentos sobre as acusações.
