Em 1958, durante a Copa do Mundo na Suécia, o Brasil enfrentou um impasse sobre o uniforme a ser usado na final contra os donos da casa. Paulo Machado de Carvalho, chefe da delegação brasileira, esperava que a Suécia abrisse mão de sua camisa amarela, mas um sorteio decidiu que a seleção brasileira teria que usar o uniforme reserva. O jogo decisivo ocorreu em 29 de junho, no estádio Rasunda, em Estocolmo.
Com a derrota no sorteio, a equipe brasileira precisou escolher um uniforme alternativo, descartando a camisa branca, associada ao trauma da final de 1950 no Maracanã. A solução foi adotar a camisa azul, que acabou entrando para a história como um símbolo da primeira conquista mundial do Brasil. O jornalista francês Michel Laurence sugeriu a cor, e a equipe aceitou a proposta.
O episódio marcou não apenas a vitória por 5 a 2 sobre a Suécia, mas também a consolidação do azul como uma das cores oficiais da seleção brasileira em jogos decisivos. A escolha superou superstições e se tornou parte do legado da Copa de 1958, na qual Pelé e Garrincha brilharam em campo.