Durante o Fórum de Seguros França-Brasil, em Paris, o relator do marco legal da inteligência artificial no Senado destacou a necessidade de uma legislação flexível e adaptável para acompanhar o rápido avanço da tecnologia. Segundo ele, o projeto em discussão busca equilibrar a proteção dos cidadãos sem prejudicar a inovação. O modelo proposto prevê a regulamentação por agências já existentes, como o Banco Central e a Anvisa, evitando a criação de novas estruturas burocráticas.
O senador argumentou que a inteligência artificial deixou de ser um tema restrito ao campo tecnológico e passou a ter impactos sociais imediatos, exigindo uma abordagem regulatória dinâmica. Ele criticou o que chamou de “pânico moral” em torno do tema, lembrando que previsões catastróficas durante debates anteriores não se concretizaram. Além disso, destacou o papel crescente do setor de seguros como garantidor de confiança no ecossistema digital.
O evento, organizado pela CNSeg, reuniu representantes do setor público e privado dos dois países para discutir temas como mudanças climáticas, regulamentação de IA e investimentos em infraestrutura. Participaram autoridades, executivos e especialistas, que debateram os desafios e oportunidades trazidos pelas novas tecnologias, incluindo a necessidade de adaptação do mercado segurador a um cenário de automação avançada.