O Senado aprovou um projeto de lei que impõe restrições à publicidade de casas de apostas, especialmente no futebol e em eventos esportivos. A proposta, aprovada com apoio de senadores governistas e da oposição, proíbe a participação de atletas, influenciadores e artistas em peças publicitárias de apostas, além de vetar propagandas durante transmissões ao vivo de competições. O texto, que segue para análise da Câmara dos Deputados, é uma versão mais branda do projeto original, mas mantém regras rígidas para reduzir o alcance desse tipo de conteúdo entre jovens e crianças.
Entre as principais proibições estão a exibição de cotações em tempo real, o uso de mascotes ou animações voltadas ao público infanto-juvenil e o envio de mensagens não solicitadas. No entanto, a publicidade ainda será permitida em horários específicos na TV, rádio e internet, além de espaços controlados, como sites oficiais das operadoras. O relator do projeto argumentou que o setor não conseguiu se autorregular, tornando necessária a intervenção do Legislativo para equilibrar a atividade sem proibi-la totalmente.
A medida enfrentou resistência de clubes de futebol e do setor de apostas, que alertaram para possíveis impactos financeiros. A Libra, entidade que reúne parte dos times brasileiros, estima perdas de R$ 1,6 bilhão ao ano, enquanto as casas de apostas argumentam que a restrição pode impulsionar o mercado ilegal. O debate agora segue para a Câmara, onde o texto será analisado antes de possível sanção presidencial.