A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) autorizou, nesta terça-feira (24/6), uma intervenção emergencial no lixão de Padre Bernardo, após o desmoronamento de uma montanha de lixo em 18 de junho que contaminou o córrego Santa Bárbara. A medida visa a implementação de um isolamento hidráulico para evitar que o leito do córrego continue sendo afetado pela área impactada. A autorização, contudo, está condicionada à entrega de documentos e projetos executivos complementares dentro de um prazo de 24 horas para viabilizar tecnicamente a implementação proposta, marcando uma ação rápida e determinada por parte da secretaria.
O plano de ação delineado pela Semad enfoca não apenas o isolamento do córrego, mas também o esvaziamento das lagoas de chorume e a destinação ambientalmente segura desses efluentes. Especialistas e autoridades locais, incluindo os que participaram das vistorias que identificaram problemas de instabilidade e comprometimento estrutural, destacaram a urgência destas ações. As alternativas propostas para o desvio do fluxo hídrico incluem o uso de bombeamento ou o escoamento por gravidade, técnicas que refletem a complexidade e a necessidade crítica de resposta rápida à situação ambiental alarmante. Essas medidas são consideradas essenciais para evitar danos ambientais mais extensos e proteger a saúde pública da comunidade local.
A longo prazo, o incidente em Padre Bernardo levanta questões críticas sobre a gestão de resíduos sólidos e a infraestrutura de lixões no Brasil. A implementação bem-sucedida deste plano pode servir como um modelo para futuras ações em situações semelhantes, mas também destaca a necessidade de políticas mais robustas e sustentáveis no tratamento de resíduos. O caso segue sendo um ponto de observação para autoridades e ambientalistas que buscam garantir que tais desastres não se repitam, e espera-se que novas diretrizes e regulamentações emergam como resultado desta crise.