O secretário da Fazenda de Goiânia, Valdivino de Oliveira, reiterou nesta terça-feira (17/6) a necessidade de aprovação do decreto que estende o estado de calamidade financeira na capital. Durante reunião na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), ele afirmou que as dívidas acumuladas ultrapassam R$ 4,8 bilhões, valor superior aos R$ 3,6 bilhões apontados durante a transição de governo. Segundo ele, parte dessas obrigações não consta nos balanços oficiais, o que explicaria a divergência com o parecer do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO).
Na reunião da Comissão de Tributação, Finanças e Orçamento, realizada no Palácio Maguito Vilela, Valdivino explicou que muitas dívidas, como as do Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais (Imas), não possuem registros formais. “São o que chamamos de ‘dívidas do pendrive’. Os restos a pagar, segundo os balanços, praticamente não existem, mas apareceu R$ 1,2 bilhão não contabilizado”, disse. Ele classificou a situação financeira da capital como “calamitosa”.
O secretário destacou que o decreto de calamidade é essencial para negociar com fornecedores e prestadores de serviços. “Obriga cada setor da administração a negociar preços, quantidades e contratos”, afirmou. Sobre o posicionamento do TCM-GO, Valdivino reconheceu a validade técnica do tribunal, mas manteve sua avaliação: “À luz da contabilidade, o tribunal não tem que dizer nada diferente. Mas a realidade é de calamidade.”