O Sebrae anunciou nesta segunda-feira (23.jun.2025) que pretende liberar R$ 12 bilhões em crédito para micro e pequenos empreendedores brasileiros ao longo de 2025, por meio do Fampe (Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas). A iniciativa faz parte do Programa Acredita, articulado pelo governo federal, e já viabilizou R$ 1,6 bilhão em financiamentos nos primeiros cinco meses deste ano — um aumento de 32% em relação ao mesmo período de 2024. A meta ambiciosa sinaliza uma estratégia mais robusta de inclusão financeira e reforça o papel do Sebrae como ponte entre o mercado de crédito e os pequenos negócios. O anúncio vem em um momento de recuperação econômica e reforça a relevância do setor na geração de renda e emprego.
Segundo o presidente do Sebrae, Décio Lima, o objetivo é enfrentar a exclusão financeira que ainda atinge a maioria dos empreendedores de pequeno porte no país. “Hoje, 60% dos brasileiros querem empreender, mas 88% dos pequenos negócios não conseguem crédito”, afirmou. O Fampe atua como um fundo garantidor, reduzindo riscos para as instituições financeiras e facilitando o acesso ao capital. Atualmente, o Sebrae mantém parceria com 21 instituições financeiras, incluindo o Bradesco, que foi o primeiro banco privado de grande porte a se credenciar para operar o fundo em conjunto com o BNDES. A medida também visa promover o crédito assistido, com suporte técnico e orientação para que os recursos sejam utilizados de forma eficiente e sustentável.
Especialistas apontam que, se bem implementada, a expansão do Fampe pode impulsionar significativamente a formalização de negócios e fomentar o empreendedorismo em regiões historicamente negligenciadas. A expectativa é que, com a ampliação das linhas de crédito e o fortalecimento das garantias, mais brasileiros consigam transformar ideias em empreendimentos de longo prazo. O movimento também dialoga com uma tendência global de fortalecer pequenas empresas como motor de inovação e inclusão socioeconômica. Para os próximos meses, o Sebrae prevê novas adesões de instituições financeiras e ajustes regulatórios para agilizar a liberação dos recursos. A iniciativa reforça a urgência de políticas públicas que democratizem o acesso ao crédito e deem escala ao potencial empreendedor do país.