Sarah Jessica Parker, atriz de 60 anos conhecida por dar vida à personagem Carrie Bradshaw na série ‘Sex and the City’, afirmou não se arrepender dos looks ousados e, por vezes, considerados ridículos que usou ao longo da carreira. Em entrevista à revista W Magazine, Parker descreveu suas escolhas de moda como experiências emocionantes e intensas, mesmo quando questionáveis. “Tudo isso foi como se eu estivesse em um mundo apenas vagamente baseado na realidade”, comentou. A declaração ressalta não apenas seu comprometimento com a autenticidade, mas também seu papel como referência de estilo para gerações de fãs e fashionistas. A atriz também refletiu sobre uma decisão marcante: usar um vestido preto no casamento com Matthew Broderick, em 1997, algo que hoje encara como uma gafe, mas não com arrependimento profundo.
O estilo de Parker, frequentemente celebrado e criticado em igual medida, tornou-se símbolo de ousadia e autoexpressão no universo da moda. Desde os anos 1990, quando ‘Sex and the City’ se consolidou como fenômeno cultural, a atriz se destacou por looks que desafiavam tendências e padrões convencionais. O vestido preto de noiva, por exemplo, foi escolhido por vergonha de atrair atenção — uma decisão que ela hoje considera irônica. “É justamente nesse momento que você pode aproveitar essa atenção”, afirmou à Marie Claire. Especialistas em moda apontam que a consistência de seu estilo ao longo das décadas reforça a importância da identidade pessoal na estética, em oposição à mera obediência às normas do setor. A fala de Parker ecoa entre mulheres que buscam liberdade para errar — e crescer — por meio da imagem.
Enquanto reflete sobre o passado, Parker também observa o presente através das filhas, Tabitha e Marion, de 15 anos, fruto do casamento com Broderick. Segundo ela, as adolescentes demonstram interesse pela moda, mas com uma abordagem mais livre e menos influenciada por expectativas externas. A atriz acredita que a nova geração está mais inclinada a experimentar sem medo de julgamentos, indicando uma possível mudança cultural em curso. Com a ascensão das redes sociais e o debate crescente sobre autenticidade, o legado de figuras como Parker ganha nova dimensão: menos sobre glamour inatingível, mais sobre liberdade de escolha. Ao olhar para trás sem arrependimentos, a atriz oferece uma narrativa que valoriza o processo, não apenas o resultado — uma lição atemporal no mundo da moda e além.