A São Martinho (SMTO3) reportou um lucro líquido de R$ 105,0 milhões no quarto trimestre de 2025 (4T25), uma queda significativa de 83,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior. A empresa, uma das principais do setor sucroenergético no Brasil, também revelou um acumulado de lucro de R$ 556,7 milhões para a safra, representando uma queda de 62,3%. Esses resultados foram impactados pelo término dos recebimentos das parcelas do Precatório Copersucar e uma queda no EBITDA ajustado. A margem EBITDA ajustada foi de 44,4% no trimestre, preparando o terreno para uma análise mais profunda das causas por trás desse desempenho.
A queda no lucro da São Martinho deve-se ao menor volume de vendas de etanol e açúcar, fatores que não puderam ser totalmente compensados pelo reconhecimento de créditos tributários. De acordo com analistas do setor, o cenário reflete a volatilidade dos preços das commodities e uma demanda internacional incerta. Para entender a magnitude do impacto, é relevante considerar que o EBITDA ajustado trimestral caiu 33,2%, enquanto o acumulado da safra apresentou crescimento de 12,2%, totalizando R$ 3,445,2 bilhões. Isso se deveu ao melhor desempenho do etanol e aos créditos fiscais no segundo semestre, conforme apontam especialistas econômicos.
As perspectivas para a São Martinho, e para o setor como um todo, envolvem um cenário de cautela e ajustes estratégicos. A empresa deve focar em otimizar sua operação para mitigar a volatilidade do mercado de açúcar e etanol, enquanto se apoia em créditos fiscais para estabilizar suas margens. Em um contexto mais amplo, a situação da São Martinho ilustra os desafios enfrentados pelo setor sucroenergético no Brasil, que precisa equilibrar inovação e tradição para continuar competitivo no cenário global. As próximas etapas incluem uma análise detalhada das operações e possíveis ajustes na cadeia de suprimentos para sustentar o crescimento de longo prazo.