A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) anunciou o calendário do vazio sanitário do maracujazeiro para 2025, uma medida crucial para o controle da virose que afeta a cultura. Este vazio, que terá início em 1º de julho de 2025, requer a eliminação total das plantas vivas de maracujá-azedo (Passiflora edulis) por pelo menos 30 dias em todas as regiões produtoras. A ação busca interromper a disseminação do Cowpea aphid-borne mosaic virus (CABMV), responsável pelo endurecimento dos frutos, que compromete a qualidade e o valor comercial do produto. A decisão é respaldada por normativas do Ministério da Agricultura e da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária, refletindo um esforço coordenado para proteger a produção local e garantir a competitividade do setor agrícola.
A implementação do vazio sanitário é parte de um plano mais amplo de prevenção e controle de doenças que afetam a agricultura em Santa Catarina, um estado que se destaca na produção de maracujá. Especialistas da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e líderes do setor agrícola participaram da definição das datas e regiões afetadas, garantindo que a estratégia seja adaptada às necessidades específicas de cada área produtora. De acordo com a Cidasc, a medida não apenas busca limitar a propagação do CABMV, mas também assegurar que os agricultores possam manter a qualidade de seus produtos, reduzindo perdas econômicas e melhorando a oferta no mercado. Com o histórico de problemas relacionados a pragas e doenças na agricultura, essa ação representa um passo significativo na luta para preservar a saúde das lavouras e a renda dos produtores.
O impacto do vazio sanitário do maracujazeiro em 2025 poderá influenciar não apenas a produção local, mas também as dinâmicas comerciais no âmbito nacional e internacional. À medida que as práticas de controle de pragas se tornam mais rigorosas, é possível que outras regiões do Brasil considerem a adoção de medidas semelhantes para proteger suas culturas. O sucesso dessa iniciativa em Santa Catarina poderá servir como modelo para uma abordagem mais integrada na agricultura nacional, promovendo a saúde do solo e das plantas. Ao enfrentar os desafios impostos por pragas e doenças, o estado reafirma seu compromisso com a sustentabilidade agrícola, deixando um legado importante para as gerações futuras de agricultores e consumidores, que podem esperar um maracujá de melhor qualidade e maior segurança alimentar.