O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, do Partido Socialista, desafiou a oposição a apresentar uma moção de censura durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (16), em resposta aos pedidos de renúncia motivados por um escândalo de corrupção envolvendo dois de seus colaboradores. O anúncio ocorreu em Madri, onde Sánchez afirmou que a oposição deveria expor publicamente seu projeto para o país.
Dirigindo-se especificamente ao Partido Popular (PP) e ao Vox, Sánchez destacou que ambos os partidos não possuem maioria no Congresso para aprovar uma moção de censura. ‘Que apresentem uma moção e expliquem aos cidadãos que modelo de país defendem’, declarou, reforçando sua disposição de permanecer no cargo. O escândalo em questão envolve alegações de irregularidades financeiras por parte de assessores próximos ao governo.
Analistas políticos avaliam que a estratégia de Sánchez busca capitalizar a fragmentação da oposição, que não tem força parlamentar para derrubá-lo. Enquanto isso, o PP acusou o governo de tentar minimizar o caso, e o Vox prometeu intensificar pressões. A crise ocorre em um momento sensível, com a Espanha enfrentando desafios econômicos e debates sobre reformas sociais.