O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, respondeu nesta segunda-feira (16) aos pedidos de renúncia da oposição, desafiando o Partido Popular (PP) e o Vox a apresentarem uma moção de censura. A declaração ocorre após a divulgação de um relatório policial que acusa dois colaboradores próximos ao líder socialista de envolvimento em esquemas de corrupção. Santos Cerdán, número três do PSOE, renunciou aos cargos partidário e parlamentar, enquanto José Luis Ábalos foi expulso do partido.
Sánchez afirmou em coletiva de imprensa que o PSOE não tolerará corrupção e descartou renúncia ou antecipação de eleições. O governo minoritário socialista, que conta com apoio de partidos de esquerda e nacionalistas, busca conter a crise política. Yolanda Díaz, líder do partido Sumar, exigiu “limpeza absoluta” no PSOE, enquanto o PP pressiona por eleições antecipadas.
O escândalo surge em um momento de fragilidade para Sánchez, que enfrenta investigações envolvendo sua esposa, Begoña Gómez, e o procurador-geral nomeado por seu governo. O porta-voz do PP, Borja Sémper, argumentou que a única saída digna seria “dar a palavra aos espanhóis” através de novas eleições.