Um estudo divulgado pela Umane e pelo Ibre/FGV revela que a rotatividade de médicos na Atenção Primária à Saúde (APS) entre 2022 e 2024 atingiu uma média de 33,9%. A pesquisa aponta que regiões com menor PIB per capita, como Maranhão e Paraíba, registraram os maiores índices de saída de profissionais, enquanto estados como Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal, com maior PIB, tiveram menor rotatividade.
O levantamento também destacou desafios na APS, como a fixação de profissionais, cobertura vacinal e atendimento a pacientes crônicos. Embora algumas regiões tenham alcançado metas de assistência pré-natal e rastreio de câncer de mama, o Norte do país ainda apresenta defasagens. Internações por condições evitáveis na APS foram mais frequentes nas regiões Norte e Nordeste, indicando fragilidades no atendimento básico.
A pesquisa reforça a necessidade de políticas públicas para melhorar a estabilidade dos profissionais e a qualidade dos serviços na APS. Especialistas ressaltam que a continuidade no atendimento é essencial para resultados mais eficientes e maior satisfação dos pacientes. Dados sobre cobertura vacinal também mostram que nenhum estado atingiu a meta de 95% para crianças menores de um ano, com os melhores índices em Alagoas e no Distrito Federal.