Pesquisadores da Universidade de Ghent, na Bélgica, reconstruíram digitalmente o rosto de uma mulher que viveu há aproximadamente 10.500 anos, durante o Mesolítico, utilizando DNA extraído de seus ossos. O estudo, divulgado na última terça-feira (17), representa um marco na arqueogenética e na reconstrução facial de ancestrais humanos.
A análise genética revelou características incomuns para a época: a mulher possuía olhos azuis e tonalidade de pele mais clara que a maioria dos caçadores-coletores europeus já estudados do mesmo período. A técnica empregada combinou dados genômicos com modelagem 3D de alta precisão, permitindo uma representação fiel de seus traços faciais.
Os resultados sugerem maior diversidade fenotípica entre populações pré-históricas do que se imaginava, abrindo novas perspectivas para estudos sobre migrações e adaptações humanas na Europa pós-glacial. A equipe belga planeja agora aplicar a mesma metodologia em outros espécimes arqueológicos para expandir o entendimento sobre a evolução das características físicas humanas.