Especialistas em saúde alertam que o uso de ferramentas como o Google e inteligência artificial (IA) para autodiagnóstico pode levar a informações imprecisas e prejudiciais. Ferramentas como o ChatGPT, embora úteis em outros contextos, podem gerar “alucinações” — respostas sem base científica —, aumentando o risco de diagnósticos equivocados. Médicos destacam que a falta de julgamento clínico e contextualização por parte dessas tecnologias pode retardar tratamentos essenciais ou desencadear ansiedade em pacientes mais vulneráveis.
Um estudo do Instituto de Tecnologia de Illinois aponta que as IAs generativas constroem respostas baseadas em padrões linguísticos, nem sempre fiéis à realidade. Da mesma forma, buscas no Google podem variar entre explicações simples e graves para um mesmo sintoma, gerando confusão. Profissionais ressaltam que o diagnóstico médico envolve anos de formação e análise clínica, incluindo exame físico e histórico do paciente, elementos que ferramentas digitais não conseguem replicar.
Apesar dos riscos, especialistas reconhecem que a internet pode ser uma aliada se usada com responsabilidade, desde que consultada após avaliação médica e em fontes confiáveis. Eles recomendam que eventuais dúvidas levantadas em pesquisas online sejam discutidas com um profissional, evitando conclusões precipitadas. O equilíbrio entre tecnologia e orientação especializada é fundamental para preservar a saúde e evitar desinformação.