Reza Pahlavi, filho do último xá do Irã, apresentou-se como candidato à liderança de uma transição democrática no país, em um pronunciamento realizado na segunda-feira, 23 de junho de 2025. Durante a coletiva de imprensa, Pahlavi, que reside nos Estados Unidos, alertou sobre os riscos de um eventual colapso do regime do aiatolá Ali Khamenei, enfatizando que a comunidade internacional deve agir para evitar o “caos e o derramamento de sangue”. Ele destacou que a permanência do atual governo representa uma ameaça não apenas para o Irã, mas para a segurança global, afirmando que “nenhum país ou povo estará seguro” enquanto Khamenei estiver no poder. Essa declaração marca um momento crítico nas tensões atuais entre o Irã e o Ocidente, especialmente à luz das tensões geopolíticas que têm se intensificado na região nos últimos anos.
A proposta de Pahlavi coloca em evidência as divisões dentro da política externa dos Estados Unidos em relação ao Irã. Enquanto ele faz um apelo à mudança de regime, figuras proeminentes do governo Biden, como o vice-presidente J.D. Vance e o secretário de Defesa Pete Hegseth, têm mostrado uma postura cautelosa, afirmando que a derrubada de Khamenei não é um objetivo prioritário. Por outro lado, o ex-presidente Donald Trump trouxe à tona a ideia de revitalizar o Irã com um slogan que ressoa com sua própria versão de nacionalismo, questionando por que os EUA não deveriam apoiar uma mudança de regime. Essa ambivalência reflete a complexidade da política externa americana, onde diferentes visões podem influenciar ações e decisões em relação a um dos países mais isolados do mundo.
As declarações de Pahlavi podem sinalizar uma nova era de mobilização entre os opositores ao regime iraniano, mas a eficácia de sua liderança proposta permanece incerta. Especialistas sugerem que a comunidade internacional deve considerar cuidadosamente as ramificações de um apoio aberto a um novo governo, dado o potencial para um vácuo de poder que poderia resultar em mais instabilidade na região. Com o futuro do Irã em jogo, os próximos passos serão cruciais, não apenas para o povo iraniano, mas também para a segurança de países vizinhos e aliados ocidentais. A proposta de Pahlavi levanta questões sobre como o Ocidente poderá navegar neste labirinto político e as implicações que isso terá para a dinâmica geopolítica no Oriente Médio, deixando o mundo em expectativa sobre o que está por vir.