Em meio à intensificação do conflito no Oriente Médio, Reza Pahlavi, filho do deposto xá do Irã, declarou nesta segunda-feira (23) que o regime iraniano está próximo do colapso. Durante uma visita a Paris, o líder oposicionista de 64 anos afirmou: “O fim do regime está perto, e agora é o momento de se comprometer”. Pahlavi comparou a situação atual do Irã ao “momento do Muro de Berlim” e instou Europa e Estados Unidos a não oferecerem negociações ao regime do aiatolá Ali Khamenei, que governa desde 1989. Suas declarações acendem debates sobre o futuro político do Irã, enquanto ele sugere que Khamenei estaria em um bunker, com altos funcionários buscando escapar do país.
Pahlavi, que vive nos Estados Unidos, tem se posicionado como uma voz influente da diáspora iraniana, alimentando esperanças entre os opositores do regime. Ele destacou que o governo iraniano vem utilizando os cidadãos como escudos humanos, exacerbando a situação dos direitos humanos já precária no país. Analistas políticos argumentam que sua comparação com a queda do Muro de Berlim é mais que simbólica, visto que representa um desejo de mudança radical no sistema político iraniano. No entanto, críticos apontam que, sem um plano concreto, tais declarações podem não passar de retórica. A comunidade internacional, por sua vez, observa com cautela, ponderando as implicações de um possível vácuo de poder no Irã.
As implicações futuras dessa situação são vastas e complexas, podendo influenciar a estabilidade regional e as relações internacionais. Se o regime iraniano realmente colapsar, a transição pode abrir espaço para uma reforma política, mas também para incertezas e conflitos internos. Observadores internacionais sugerem que a comunidade global deve estar preparada para apoiar uma transição pacífica, evitando que o país caia em caos. O apelo de Pahlavi para que o Ocidente evite oferecer “salva-vidas” ao regime ressoa em debates sobre diplomacia e intervenção. À medida que os eventos se desenrolam, o mundo aguarda para ver se o Irã embarcará em uma nova era política ou enfrentará mais turbulências.