A montanhista brasileira Juliana Marins, de 26 anos, permanece presa em um penhasco no Monte Rinjani, na Indonésia, há mais de quatro dias, levantando preocupações sobre a segurança em trilhas turísticas na região. Aretha Duarte, a primeira mulher negra latino-americana a escalar o Monte Everest, defendeu a jovem, afirmando que ela tomou as precauções necessárias ao contratar uma agência e um guia local. Contudo, a situação se agrava com o passar do tempo, já que os esforços de resgate, que completam 72 horas, ainda não garantem a segurança de Juliana, o que evidencia lacunas na responsabilidade dos guias e na estrutura de segurança das expedições.
De acordo com Aretha Duarte, a falha na condução da trilha e na resposta ao acidente é alarmante. A especialista destacou que o guia abandonou Juliana por cerca de uma hora, o que pode ter contribuído para a gravidade da situação atual. Historicamente, incidentes semelhantes têm levantado questões sobre a formação e a responsabilidade dos guias turísticos na Indonésia, um destino popular entre aventureiros. As dificuldades enfrentadas por Juliana expõem um cenário mais amplo de desafios para mulheres que viajam sozinhas, que muitas vezes são alvo de críticas indevidas. Aretha enfatizou que a independência desta jovem representa um avanço na luta pela liberdade feminina, um aspecto que deve ser reconhecido e respeitado, ao invés de criticado.
As implicações do caso de Juliana Marins vão além de uma simples operação de resgate, refletindo preocupações maiores sobre a segurança das trilhas e a proteção de viajantes em regiões remotas. A discussão acerca do treinamento e da responsabilidade dos guias turísticos pode levar a uma revisão das práticas de segurança na indústria do turismo de aventura. À medida que as autoridades locais e organizações de turismo enfrentam pressões para garantir a segurança dos visitantes, a situação de Juliana serve como um lembrete da necessidade de melhorias estruturais. O futuro das viagens solo para mulheres, especialmente em destinos como a Indonésia, dependerá de um compromisso com a segurança e do reconhecimento do direito de cada indivíduo de explorar o mundo sem medo.