Republicanos do Senado dos Estados Unidos apresentaram na segunda-feira (16.jun.2025) alterações ao projeto de corte de impostos e gastos do presidente Donald Trump. As mudanças incluem tornar permanentes isenções fiscais para empresas e manter o limite atual de US$ 10.000 para deduções de impostos estaduais e locais, contrariando a versão da Câmara, que propunha elevar esse teto para US$ 40.000. As divergências entre as duas casas legislativas, ambas sob controle republicano, dificultam a aprovação da proposta até 4 de julho, prazo desejado pela liderança do partido.
No Senado, a proposta enfrenta resistência de alas republicanas: uma exige cortes mais profundos nos gastos para conter o déficit federal, enquanto outra busca proteger programas sociais como o Medicaid. O texto também limita a taxa sobre prestadores de serviços de saúde a 3,5% até 2031, contra os atuais 6%, o que pode afetar Estados que expandiram a cobertura do Medicaid. Segundo o Escritório de Orçamento do Congresso (CBO), cerca de 4,8 milhões de beneficiários perderiam o seguro.
Outras medidas incluem deduções para renda de gorjetas e pagamento de horas extras, ampliação dos cortes de impostos de 2017 e aumento de US$ 5 trilhões no teto da dívida. A proposta tem apoio limitado entre republicanos, com críticas à falta de cortes no déficit e preocupações com o impacto em hospitais rurais. O democrata Chuck Schumer classificou os cortes no Medicaid como ‘devastadores’, enquanto o senador John Hoeven afirmou que o texto ainda passará por mudanças.