O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi o principal beneficiário de informações obtidas por uma estrutura paralela da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), segundo relatório final da Polícia Federal divulgado nesta terça-feira (18). As investigações apontam que os dados eram usados para ataques a adversários e questionamentos ao sistema eleitoral.
De acordo com o documento, Bolsonaro teria recebido relatórios estratégicos da Abin para orientar indicações ao Conselho da República. As operações clandestinas, conduzidas sob comando político, violaram protocolos legais da agência de inteligência.
A PF identificou que o objetivo central da estrutura paralela era fornecer ao ex-presidente informações privilegiadas para blindar aliados e atacar opositores. O caso está sendo investigado como possível uso ilícito de aparato estatal para fins políticos pessoais.