Um relatório da Polícia Federal (PF) revelou que um homônimo do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi monitorado pelo sistema First Mile, utilizado por um grupo acusado de atuar em uma ‘Abin Paralela’ durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo a PF, o monitoramento ocorreu três vezes em 2019, sem justificativa, e teria sido um erro. O homônimo é um cidadão residente em São Paulo com o nome Alexandre de Moraes Soares.
O relatório final do inquérito, divulgado nesta quarta-feira (18), indica que as buscas coincidem com o período de instauração do Inquérito 4.781, conhecido como ‘Inquérito das Fake News’, que investiga ataques ao STF e tem Moraes como relator. A PF destacou que um agente de inteligência envolvido no caso abandonou o cargo público e não retornou de uma missão na França em abril de 2024, sem deixar rastros.
O ex-presidente Jair Bolsonaro, citado como principal beneficiário do esquema, não foi indiciado neste inquérito por já responder pelo crime em outra ação. A defesa de Bolsonaro não se manifestou até o momento. O caso continua sob investigação.