A Reforma Tributária, que unifica tributos como PIS, COFINS, ICMS e ISS em novas contribuições (CBS, IBS e IS), representa uma das maiores mudanças no sistema tributário brasileiro desde 1988. A transição, que ocorrerá até 2033, exigirá ajustes profundos nas operações empresariais, incluindo planejamento fiscal, precificação, logística e governança. Apesar do prazo gradual, especialistas alertam que a adaptação deve começar imediatamente para evitar perda de competitividade e problemas operacionais.
Entre os principais desafios está a ampliação da base de incidência, que passará a tributar operações antes isentas, como locações, além da mudança para o princípio do destino — onde o imposto é cobrado no local de consumo. Outro ponto crítico é a não cumulatividade plena, que exigirá revisão de contratos, prazos de pagamento e avaliação da saúde fiscal da cadeia de fornecedores. Empresas em regiões com incentivos fiscais também terão custos aumentados, impactando preços e margens.
A adequação demandará investimentos em tecnologia para atualizar sistemas contábeis e fiscais, além da capacitação de equipes multidisciplinares. Recomenda-se a criação de comitês internos para mapear riscos, acompanhar regulamentações e implementar planos de ação. Atrasos na adaptação podem gerar custos elevados, enquanto empresas preparadas podem ganhar eficiência e vantagem competitiva.