A recente diminuição das tensões entre o Irã e Israel resultou em uma descompressão nas políticas de juros tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, segundo anúncios feitos na noite de segunda-feira (23). Este desenvolvimento veio após declarações de Donald Trump sobre um possível cessar-fogo, influenciando diretamente a política monetária dos dois países. No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, alcançando 15%, uma decisão já influenciada pela instabilidade no Oriente Médio. Nos Estados Unidos, a taxa de juros foi mantida entre 4,25% e 4,5%, refletindo uma postura cautelosa adotada pela autoridade monetária, mesmo com o conflito em curso.
O cenário descrito acima revela como eventos geopolíticos podem afetar diretamente as economias domésticas, alterando expectativas e planos de ação dos bancos centrais. Conforme a ata do Copom publicada nesta terça-feira (24), a cautela é evidente entre os diretores, que estão atentos tanto aos cenários interno quanto externo. Nos Estados Unidos, declarações do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, ao Congresso reforçaram essa postura de vigilância. Economistas alertam que a continuidade dessa tensão ou a estabilização da situação pode influenciar decisões futuras sobre os juros, especialmente se a cotação do petróleo se mantiver em patamares reduzidos, impactando a inflação de ambos os países.
Olhando para o futuro, a gestão das políticas monetárias no Brasil e nos EUA continuará a ser desafiadora, especialmente se o cenário geopolítico no Oriente Médio permanecer incerto. Estes eventos destacam a interconexão entre a política internacional e a economia global, onde decisões em uma esfera podem reverberar em múltiplas dimensões, afetando a inflação, o crescimento econômico e as decisões de política monetária. Para os próximos meses, o mercado financeiro e os formuladores de política monetária estarão de olho nas tendências do petróleo e nos desenvolvimentos subsequentes no conflito, buscando antecipar movimentos e preparar as economias para os possíveis impactos.