A tumba de Tutancâmon, descoberta intacta em 1922, continua a surpreender com novas descobertas. Graças a avanços tecnológicos, pesquisadores conseguiram reconstruir digitalmente o rosto do faraó, revelando traços como um crânio alongado, queixo retraído e dentes salientes. Além disso, exames detalhados identificaram uma fratura na perna esquerda, que pode ter contribuído para sua morte prematura aos 19 anos, e descartaram teorias antigas sobre um possível assassinato.
A pesquisa, iniciada em 2005 com escaneamentos digitais da múmia, avançou significativamente em 2014, quando uma equipe analisou milhares de imagens radiológicas e conduziu estudos genéticos. Os resultados mostraram detalhes curiosos, como o embalsamamento ritualístico do pênis em um ângulo de 90 graus, e confirmaram que lesões cranianas anteriormente suspeitas foram causadas após a morte, durante o processo de preservação ou escavação.
Tutancâmon governou o Egito entre 1332 a.C. e 1323 a.C., restaurando tradições religiosas e artísticas após o reinado de seu pai. Apesar de seu curto governo, sua tumba no Vale dos Reis permanece uma das fontes mais valiosas para entender o Egito Antigo, oferecendo insights sobre a vida, saúde e práticas funerárias da realeza egípcia.