Goiânia produz cerca de 1,2 mil toneladas de resíduos por dia, mas menos de 2% desse material é reciclado atualmente. O índice, que chegou a 7% em 2021, caiu drasticamente após a interrupção da coleta seletiva realizada pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). O problema afeta não só o meio ambiente, mas também cooperativas de reciclagem, que perderam parte significativa de sua renda, impactando cerca de 300 a 400 famílias que dependem desse trabalho.
Representantes das cooperativas destacam que a transição para o consórcio LimpaGyn resultou no envio de materiais recicláveis para aterros sanitários, agravando a crise no setor. Muitas cooperativas operam no vermelho, com dívidas crescentes e dificuldades para manter suas atividades. Durante a mudança no sistema de coleta, algumas ficaram meses sem receber resíduos, comprometendo ainda mais sua sustentabilidade financeira.
Autoridades e líderes do setor discutiram soluções, como a conscientização da população sobre a separação do lixo e a possibilidade de retomar a coleta seletiva pela Comurg. Há também propostas para capacitar as cooperativas, permitindo que elas próprias realizem a coleta e sejam remuneradas por esse serviço. O objetivo é transformar Goiânia em referência em gestão de resíduos, reduzindo a pressão sobre o aterro sanitário e fortalecendo a economia circular.