Há exatos 20 anos, em maio de 2006, presídios de segurança máxima de Mato Grosso do Sul foram cenário de uma das mais violentas rebeliões da história do estado. O motim, coordenado por facções criminosas, atingiu mais de 70 unidades prisionais brasileiras, resultando em mortes e destruição generalizada durante os três dias de conflitos.
O levante teve início em 14 de maio, quando detentos se rebelaram durante visitas do Dia das Mães, tomando o controle de estabelecimentos penais. Os presos promoveram incêndios, depredações e confrontos com agentes penitenciários, deixando estruturas completamente danificadas. A ação foi considerada uma resposta às condições carcerárias e disputas entre facções.
A TV Morena, única emissora presente no local, documentou os estragos nas celas e áreas comuns, revelando a dimensão do caos. Relatórios da época apontam que a rebelião expôs falhas estruturais no sistema prisional, que permanecem como desafios até os dias atuais. O episódio segue como referência nos estudos sobre crises no sistema carcerário brasileiro.