O real apresentou valorização impulsionada pela alta de mais de 4% no petróleo e pela queda global do dólar, em meio a reações às novas tarifas comerciais anunciadas pelos EUA. O governo americano elevou as tarifas sobre aço e alumínio de 25% para 50%, medida que levou a União Europeia a enviar uma equipe técnica a Washington para negociações. A China, por sua vez, negou violações ao acordo comercial com os EUA e reforçou sua posição contra interferências na questão de Taiwan.
Apesar do alívio nos ativos locais, o mercado segue apreensivo com a falta de medidas fiscais e reformas estruturais no Brasil, especialmente após a Moody’s revisar a perspectiva do rating do país de “positiva” para “estável” devido aos riscos fiscais. O ministro da Fazenda afirmou que as agências de risco respondem à capacidade de iniciativa do país e destacou a necessidade de decisões políticas para melhorar a regulação do IOF e a sustentabilidade das contas públicas.
Indicadores econômicos recentes trouxeram sinais mistos: o IPC-S desacelerou em maio, ficando abaixo das expectativas, enquanto o Índice de Confiança Empresarial (ICE) registrou leve alta. No boletim Focus, as projeções para o IPCA nos próximos anos apresentaram suave queda, mantendo-se dentro do teto da meta, o que sugere um cenário de inflação controlada, mas ainda dependente de avanços nas políticas econômicas.