O mais recente ranking do Centro para Rankings Universitários Mundiais (CWUR) apontou que 87% das universidades brasileiras tiveram queda em suas posições entre as 2.000 melhores do mundo. Das 53 instituições do país avaliadas, 46 registraram declínio, principalmente devido a desempenho insuficiente em pesquisa e falta de investimento governamental. A Universidade de São Paulo (USP) manteve-se como a melhor da América Latina, mas caiu uma posição, enquanto a Universidade Federal do Rio de Janeiro foi uma das poucas a subir no ranking.
O presidente do CWUR, Nadim Mahassen, destacou que o enfraquecimento da pesquisa e a escassez de financiamento público são os principais fatores por trás da queda. Ele alertou que, sem aumento nos investimentos, o Brasil pode perder ainda mais competitividade no cenário acadêmico internacional. Enquanto isso, universidades como Harvard, MIT e Stanford continuam a liderar o ranking global, com a China ultrapassando os Estados Unidos em número de instituições entre as melhores.
Entre as universidades brasileiras afetadas estão renomadas instituições como a Universidade Federal de Minas Gerais e a Fundação Getúlio Vargas, que também tiveram quedas. A situação levanta preocupações sobre o futuro da educação superior no país, com especialistas defendendo a necessidade urgente de políticas públicas para reverter o cenário. O ranking avaliou 21.462 instituições em todo o mundo, com base em critérios como qualidade de ensino, empregabilidade e produção científica.