Um ranking internacional divulgado nesta segunda-feira (2) mostrou que 87% das 53 universidades brasileiras listadas entre as 2 mil melhores do mundo perderam posições em relação ao ano anterior. O estudo, realizado pelo Centro de Rankings Universitários Mundiais, avalia critérios como qualidade de ensino, pesquisa e empregabilidade. Apesar da queda geral, o Brasil mantém representantes entre as instituições de destaque, como a Universidade de São Paulo (USP), que segue como a melhor colocada da América Latina, embora tenha recuado uma posição.
A segunda instituição brasileira mais bem posicionada, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), subiu 70 posições, destacando-se no cenário acadêmico. Especialistas e estudantes ressaltam a importância de uma boa classificação para o reconhecimento no mercado de trabalho e para a atração de investimentos. No entanto, o relatório aponta que a falta de financiamento em pesquisa é o principal fator para o declínio das universidades nacionais no ranking global.
O Ministério da Educação anunciou um reforço orçamentário de R$ 400 milhões para as universidades em 2025, além dos R$ 5 bilhões já investidos em pesquisa em 2024. Enquanto os Estados Unidos seguem liderando o topo do ranking, mas com queda na qualidade de ensino devido a cortes, a China avançou em número de instituições. Pesquisadores defendem que o investimento contínuo em ciência e tecnologia é essencial para o desenvolvimento estratégico do país.