Em 2024, 98,87% das vagas formais geradas no Brasil foram preenchidas por pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento Social. Do total de 1,69 milhão de empregos formais criados, 1,27 milhão (75,5%) foram ocupados por beneficiários do Bolsa Família, enquanto 395 mil (23,4%) ficaram com cadastrados que não recebem o benefício diretamente.
O ministro Wellington Dias destacou que os números refutam o preconceito de que beneficiários de programas sociais não buscam trabalho. Entre os fatores que impulsionaram a formalização está a Regra de Proteção do Bolsa Família, que permite aos trabalhadores manter 50% do benefício por até dois anos após ingressarem no mercado formal. Em junho de 2025, 3,02 milhões de famílias estavam amparadas por essa regra.
De janeiro a abril de 2025, 75% das 920 mil vagas formais criadas também foram ocupadas por cadastrados no CadÚnico, com predominância de mulheres. Além disso, a renda do trabalho das famílias mais pobres cresceu 10,7% em 2024, ritmo 50% superior ao avanço entre os 10% mais ricos (6,7%), segundo dados da FGV Social com base na Pnad Contínua do IBGE.