O número de títulos protestados em cartório por dívidas de condomínio no Estado de São Paulo registrou um aumento significativo nos últimos anos. Em 2020, foram 569 casos, enquanto em 2025, até março, já são 1.219 registros, projetando um novo recorde após os 4.559 protestos em 2024. Segundo o Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil – Seção São Paulo (IEPTB-SP), o crescimento foi de mais de 700%.
O avanço é atribuído à profissionalização da gestão condominial e à maior adoção do protesto extrajudicial, uma ferramenta eficaz e gratuita para os condomínios. Em 2024, R$ 1,7 milhão dos R$ 4,4 milhões em dívidas protestadas foram recuperados, com uma efetividade de quase 40%. Esse mecanismo ganhou força após mudanças no Código de Processo Civil em 2015, que simplificaram o processo.
Apesar da eficácia do protesto, especialistas destacam que a judicialização ainda é necessária em casos de inadimplência reiterada. Além disso, a inadimplência condominial em São Paulo subiu para 4,73% em março de 2025, embora permaneça abaixo da média nacional de 6,80%. O uso de ferramentas ágeis e a profissionalização da gestão são apontados como fatores que contribuem para esse cenário mais controlado no estado.