Cerca de 250 manifestantes, incluindo líderes indígenas do Mato Grosso, sindicalistas e representantes da sociedade civil, concentraram-se nesta terça-feira (17) em frente a um hotel na zona oeste do Rio de Janeiro, local da 5ª Oferta Permanente de Concessão (OPC) da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O protesto visa contestar o leilão de 16 setores com blocos exploratórios de petróleo e gás natural, o primeiro realizado em mais de um ano no país.
O leilão, iniciado às 10h, oferece blocos em cinco bacias sedimentares: Parecis (em terra), Foz do Amazonas, Potiguar, Santos e Pelotas. Segundo a ANP, 65 dos blocos estão localizados em áreas marinhas, incluindo regiões próximas à foz do Rio Amazonas, o que tem gerado críticas de ambientalistas devido aos riscos para ecossistemas sensíveis.
Os manifestantes alegam que a exploração nessas áreas ameaça territórios indígenas e comunidades tradicionais, além de comprometer metas ambientais. A ANP defende o leilão como essencial para o desenvolvimento energético do país, garantindo que todos os blocos passaram por licenciamento ambiental adequado.