A administração dos Estados Unidos apresentou uma proposta que permitiria ao Irã continuar enriquecendo urânio em níveis baixos, enquanto negocia um acordo mais amplo para impedir o desenvolvimento de armas nucleares. O plano inclui a construção de usinas nucleares no país e a gestão de instalações de enriquecimento por um consórcio regional, com participação de nações como Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. O esboço do acordo foi entregue ao governo iraniano recentemente, e uma resposta é esperada em breve.
A proposta busca equilibrar a produção atual de urânio pelo Irã, que já está próximo do nível necessário para armas, com o objetivo americano de limitar o enriquecimento em território iraniano. No entanto, persistem divergências entre as partes, principalmente sobre a localização das instalações e a suspensão de sanções econômicas. Enquanto o Irã defende seu direito de enriquecer urânio localmente, os EUA querem garantir que o material não seja usado para fins militares.
O acordo enfrenta resistência tanto no Irã, onde políticos mais radicais rejeitam concessões, quanto em outros países, como Israel, que teme qualquer avanço nuclear iraniano. Especialistas afirmam que, mesmo se aprovado, a implementação do plano levará anos e exigirá monitoramento rigoroso por parte da Agência Internacional de Energia Atômica para evitar riscos de proliferação na região.