Camelôs do Rio de Janeiro enfrentam condições precárias de trabalho, como longas jornadas sob sol intenso e falta de acesso a banheiros e alimentação adequada. Para investigar os impactos na saúde física e mental desses trabalhadores, o Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador (Cesteh-Fiocruz) e o Movimento Unido dos Camelôs (Muca) lançaram um projeto nesta terça-feira (20).
A iniciativa visa mapear os principais problemas de saúde enfrentados pelos camelôs, além de oferecer capacitação sobre direitos trabalhistas e acesso a serviços públicos. Pesquisadores destacam que a exposição prolongada ao sol e a ausência de infraestrutura básica agravam riscos como desidratação e doenças ocupacionais.
O projeto incluirá oficinas educativas e a produção de um diagnóstico detalhado sobre as condições de trabalho informal na capital fluminense. Dados preliminares apontam que 78% dos camelôs entrevistados relatam dores crônicas devido à atividade, enquanto 62% mencionam dificuldades para acessar o sistema de saúde.