Christian Bialogurski, 35 anos, professor de comunicação em escolas nos subúrbios de Buenos Aires, passa até 12 horas por dia trabalhando e frequentemente deixa de se alimentar para economizar. Sua rotina reflete a realidade de muitos argentinos que lutam contra a inflação e a recessão, mesmo com as recentes medidas de estabilização econômica do governo Milei.
Com um salário mensal que, nos melhores meses, não ultrapassa US$ 450, Bialogurski mal consegue cobrir despesas básicas como transporte e aluguel de US$ 270. ‘Não é suficiente. Não me sobra dinheiro até o dia 15 do mês’, revelou o professor em entrevista à Reuters, em sua casa no subúrbio de Loma Hermosa, na Grande Buenos Aires.
Apesar da queda da inflação após as políticas de ajuste do presidente Javier Milei, o custo de vida continua a pressionar a população. Bialogurski admitiu recorrer à ajuda da mãe para comer: ‘Você tem que suportar a fome’, desabafou, ilustrando o drama de trabalhadores que vivem no limite mesmo com a recuperação macroeconômica em curso.