A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou a prisão preventiva e a inclusão na lista de difusão vermelha da Interpol de uma deputada federal que deixou o Brasil e anunciou estar nos Estados Unidos, com planos de seguir para a Europa. O pedido, sigiloso, foi feito pelo procurador-geral da República, que argumenta a necessidade de assegurar a aplicação da lei penal. A parlamentar foi considerada foragida após condenação unânime do STF a 10 anos de prisão por invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A deputada teve o passaporte apreendido em 2023, mas o documento foi devolvido posteriormente, permitindo sua saída do país. Segundo relatos, ela deixou o Brasil pela fronteira com a Argentina e seguiu para os Estados Unidos. Ministros do STF interpretaram a viagem como uma tentativa de evitar o cumprimento da pena. Além desse caso, a parlamentar responde a outras investigações no Supremo e na Justiça Eleitoral.
Entre os processos em andamento, destacam-se ações por porte ilegal de arma, constrangimento ilegal e participação em inquéritos sobre disseminação de notícias falsas e supostas articulações golpistas pós-eleições de 2022. Na Justiça Eleitoral, a deputada foi condenada por abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação, resultando na cassação do mandato e inelegibilidade por oito anos. O caso ainda aguarda julgamento de recurso no TSE.