O procurador-geral da República enviou ao Supremo Tribunal Federal um parecer favorável à manutenção da prisão de um militar envolvido em uma ação penal que investiga uma suposta tentativa de manter o ex-presidente no poder após as eleições de 2022. O militar está preso desde dezembro, acusado de tentar acessar dados sigilosos relacionados a um depoimento de um colaborador da defesa. Segundo o procurador, a liberdade do acusado poderia representar riscos ao andamento do processo, devido à gravidade dos crimes e à possibilidade de obstrução da investigação.
O STF marcou o início dos interrogatórios dos oito réus do caso para o dia 9 de junho. Entre os depoimentos previstos estão os do ex-presidente e do militar em questão. Antes disso, o tribunal concluiu a oitiva de 52 testemunhas, tanto da acusação quanto da defesa, no inquérito que apura a formação de uma organização criminosa com supostos objetivos golpistas.
O caso segue em tramitação, com o Ministério Público sustentando a necessidade de manter as medidas cautelares para garantir a eficácia da investigação. A decisão final caberá ao STF, que analisará os argumentos apresentados pelas partes envolvidas. O processo tem atraído atenção devido às suas implicações políticas e jurídicas, refletindo um momento de tensão institucional no país.