A prisão do soldado da Polícia Militar Lucas Neto durante uma perícia médica no Hospital da PM do Tucuruvi, em São Paulo, reacendeu discussões sobre os limites do respeito à hierarquia militar. O caso ocorreu na última semana, quando o militar foi detido após reclamar da proibição de gravar o exame que avaliaria seu afastamento por uma lesão no ombro.
Especialistas consultados afirmam que, embora a hierarquia militar deva ser rigorosamente observada, o uso de pronomes de tratamento não é tipificado como infração disciplinar. Juristas classificaram a prisão como ‘exagero absurdo’, já que o soldado apenas questionou a decisão dos superiores durante o procedimento médico, sem agressão física ou verbal direta.
O caso expõe contradições nos regulamentos da corporação: enquanto o soldado alegava direito à transparência no exame, os superiores interpretaram sua insistência em registrar o ato como desacato. A Defensoria Pública já foi acionada para analisar a legalidade da detenção, que pode repercutir em mudanças nos protocolos de interação entre patentes.