A primeira-dama Janja Lula da Silva já passou 130 dias fora do Brasil desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com 30 viagens realizadas a 35 países. Desse total, 27 dias foram em 2024, incluindo cinco países visitados em seis deslocamentos. Em duas ocasiões, ela atuou como representante oficial do governo brasileiro, mesmo sem ocupar cargo público, gerando questionamentos sobre os custos e a natureza dessas missões.
Entre as viagens destacadas estão participações em eventos internacionais, como a sessão do Conselho de Governança do Fida, em Roma, e a Cúpula Nutrição para o Crescimento, em Paris. A ida à Itália, que custou aproximadamente R$ 260 mil, foi alvo de críticas da oposição, levando a um pedido de investigação na Controladoria-Geral da União. A Advocacia-Geral da União emitiu uma norma limitando a atuação oficial de cônjuges presidenciais, mas manteve a possibilidade de atividades simbólicas e diplomáticas.
Acompanhando o presidente em grande parte das viagens, a primeira-dama também realizou agendas próprias, como visitas ao Japão, Rússia e China. Em Moscou, participou das comemorações do Dia da Vitória, enquanto em Pequim levantou a questão da regulação do TikTok durante encontro com o presidente chinês. Apesar da exposição, o governo reforça que suas atividades têm caráter cultural e diplomático, alinhadas aos interesses nacionais.