Em entrevista ao jornal Le Monde, o presidente da República abordou diversos temas, desde cenário político até questões ambientais e relações internacionais. Ele afirmou que não permitirá o retorno da chamada “extrema-direita” ao poder em 2026, destacando a importância da democracia. Apesar de reconhecer a queda em sua popularidade, atribuiu o fenômeno à dificuldade de comunicar os avanços econômicos do governo e ao ambiente polarizado das redes sociais.
Sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial, defendeu o projeto como essencial para o desenvolvimento do país, negando contradição com o discurso ambiental. O presidente ressaltou a expertise da Petrobras e minimizou riscos ambientais, mesmo diante de críticas de lideranças indígenas e ambientalistas, especialmente em um ano em que o Brasil sediará a COP30. Quanto ao evento climático, expressou otimismo e criticou a postura de países ricos em relação ao financiamento da transição energética.
No campo internacional, comentou sobre conflitos como os da Ucrânia e Gaza, reforçando a necessidade de governança global e o papel da ONU. Sobre o Brics, negou que o bloco represente uma oposição aos EUA, mas destacou a busca por um comércio internacional mais justo. O presidente também minimizou ameaças de medidas tarifárias contra países que busquem alternativas ao dólar, afirmando que o Brasil não pedirá autorização para escolher suas moedas de intercâmbio.