O presidente voltou a condenar as operações militares em Gaza e a recente decisão de expandir assentamentos na Cisjordânia ocupada, classificando a ofensiva como “genocídio” e acusando o governo israelense de violar resoluções internacionais. Durante discurso em evento partidário, destacou o agravamento da crise humanitária na região, citando o bombardeio que vitimou familiares de uma médica palestina. A fala foi acompanhada por manifestações de apoio à causa palestina entre o público presente.
O posicionamento incluiu a leitura de uma nota oficial do Ministério das Relações Exteriores, que repudiou a expansão de assentamentos como “flagrante ilegalidade” e reafirmou o apoio brasileiro à solução de dois Estados, com fronteiras baseadas em 1967. O presidente também sugeriu que as ações israelenses são motivadas por retaliação política, argumentando que “nem o povo judeu quer essa guerra”. A declaração gerou resposta de entidades judaicas, que acusaram a crítica de ser “irresponsável” e reforçaram a tese de legítima defesa contra grupos extremistas.
Além do conflito no Oriente Médio, o discurso abordou a guerra na Ucrânia, com menção a uma conversa com o líder russo sobre negociações de paz. As críticas recentes às políticas israelenses já haviam tensionado as relações bilaterais, resultando na ausência de embaixadores nomeados desde fevereiro. A postura do governo brasileiro continua a polarizar opiniões tanto no cenário doméstico quanto internacional.