O presidente Lula demonstrou preocupação com as eleições para o Senado em 2026 durante seu discurso no congresso do PSB, que confirmou o prefeito de Recife, João Campos, como novo líder da legenda. Lula alertou que uma possível vitória do bolsonarismo nas eleições senatoriais poderia dificultar sua governabilidade, caso seja reeleito. Ele destacou que a atual composição do Senado, já desfavorável ao governo, pode piorar, especialmente se aliados de grupos radicais ampliarem sua representação.
O presidente ressaltou que, em 2026, 54 vagas estarão em disputa, e uma maioria oposicionista no Senado poderia impactar não apenas as políticas do próximo governo, mas também o Judiciário. Senadores têm o poder de sabatinar indicados ao Supremo Tribunal Federal (STF) e até mesmo propor impeachment de ministros da Corte. Lula lembrou que, em 2022, uma composição diferente poderia ter alterado o curso de investigações sobre ataques à democracia e fake news, enfatizando os riscos de um cenário mais radicalizado.
Para evitar esse cenário, Lula defendeu a necessidade de eleger senadores alinhados com o campo progressista, contando com o apoio de partidos como o PSB. Nomes como João Campos e Tabata Amaral foram citados como figuras capazes de atrair eleitores moderados. O discurso serviu como um chamado para que aliados se mobilizem desde já, evitando que o Senado se torne um obstáculo à estabilidade institucional nos próximos anos.