A Prefeitura de São Paulo selecionou as três primeiras escolas municipais que serão administradas por entidades privadas. As unidades, em construção nas zonas sul (Campo Limpo e Santo Amaro) e norte (Pirituba/Jaraguá), terão professores contratados pelas organizações gestoras, enquanto a prefeitura seguirá responsável pelo material didático, uniformes e conteúdo pedagógico. O modelo é inspirado na gestão de unidades de saúde terceirizadas e na experiência do Liceu Coração de Jesus, que apresentou desempenho acima da média da rede municipal.
O Liceu, administrado por uma instituição religiosa desde 2023, recebe repasses mensais de R$ 450 mil da prefeitura e atende 574 alunos. Apesar do anúncio, a administração municipal não divulgou os valores investidos na construção das novas escolas nem os repasses previstos para as gestoras privadas. Atualmente, a cidade já terceiriza a administração de 2.220 das 2.579 creches municipais.
A medida ocorre dias após o afastamento de 25 diretores de escolas com baixo desempenho em indicadores como o Ideb. A prefeitura justificou a decisão como parte de uma estratégia para melhorar a qualidade do ensino na rede municipal. O modelo de parceria com o setor privado visa ampliar a eficiência, seguindo exemplos já implementados em outras áreas da gestão pública.