O prefeito do Rio de Janeiro vetou nesta segunda-feira (1º de junho de 2025) o projeto de lei que criava o “Dia da Cegonha Reborn”, data dedicada a reconhecer o trabalho de artistas que produzem bonecos hiper-realistas. A proposta, aprovada pela Câmara Municipal em maio, foi barrada sem detalhes técnicos, com o chefe do executivo municipal afirmando apenas, em publicação no Instagram, que “com todo respeito, mas não dá”. A decisão, de tom irônico, gerou reações de surpresa entre internautas.
O projeto, de autoria de um vereador, defendia a importância emocional dos bonecos reborn, especialmente para mães que perderam filhos. Os bonecos, feitos artesanalmente com materiais como PVC e silicone, imitam bebês recém-nascidos com alto nível de realismo, incluindo detalhes como veias, cabelos implantados fio a fio e olhos de vidro. A justificativa do PL comparava o vínculo afetivo das mães com os bonecos ao de um nascimento real, referindo-se às artesãs como “cegonhas”.
Agora, o veto será submetido à análise dos vereadores, que poderão mantê-lo ou derrubá-lo em plenário. Enquanto isso, a discussão sobre o tema ganhou espaço nas redes sociais, com parte do público questionando o tom da decisão e outros destacando a peculiaridade da proposta. O episódio coloca em debate o limite entre reconhecimento de nichos artísticos e prioridades legislativas.