O prefeito do Rio de Janeiro vetou nesta segunda-feira (2) um projeto de lei que instituía o “Dia da Cegonha Reborn”, data dedicada às artesãs que produzem bonecos realistas conhecidos como “bebês reborn” e às mulheres que os adquirem, chamadas de “mamães reborn”. A proposta, aprovada pela Câmara Municipal em maio, previa a celebração anual em 4 de setembro. O veto foi divulgado pelo prefeito em suas redes sociais com a mensagem: “Com todo respeito aos interessados, mas não dá…”.
O projeto, de autoria de um vereador, argumentava que os bebês reborn são usados não apenas como objetos de colecionador, mas também como ferramentas terapêuticas em casos de luto e traumas. O texto destacava ainda a popularidade global desses bonecos, que simulam características de recém-nascidos e são utilizados em práticas que imitam a maternidade. No entanto, a escolha do nome “Cegonha Reborn” gerou controvérsia por associar-se a um programa municipal de saúde voltado para gestantes e puérperas.
A reação nas redes sociais foi polarizada, com alguns apoiando o veto por considerar a proposta inadequada, enquanto outros defendiam o reconhecimento da prática. Críticos alegaram que o projeto banalizava questões relacionadas à maternidade real, especialmente em um contexto de políticas públicas sérias. O veto do prefeito encerra, por enquanto, o debate sobre a oficialização da data, mas a discussão sobre o papel cultural e terapêutico dos bebês reborn permanece.