O prefeito do Rio de Janeiro vetou integralmente o projeto de lei que instituiria o “Dia da Cegonha Reborn”, data que homenagearia as artesãs especializadas na confecção de bonecos hiper-realistas conhecidos como bebês reborn. A decisão foi anunciada em uma rede social, com a justificativa de que a proposta não era viável, apesar de ter sido aprovada pela Câmara Municipal em maio. A data escolhida para a celebração seria 4 de setembro, mas não será implementada.
O projeto buscava valorizar o trabalho das “cegonhas”, como são chamadas as artesãs que produzem os bonecos, destacando seu papel emocional para mães que os adquirem. O relator da proposta argumentou que os bebês reborn podem servir como consolo para pessoas que perderam filhos ou para adultos que os tratam como se fossem reais. No entanto, a iniciativa gerou debates sobre o uso desses bonecos em espaços públicos e possíveis tentativas de obter benefícios indevidos.
Enquanto isso, os bebês reborn continuam a causar polêmica nas redes sociais, com vídeos mostrando adultos simulando cuidados reais, como consultas médicas e passeios. A discussão divide opiniões: alguns questionam o comportamento dos donos dos bonecos, enquanto outros defendem que a crítica carrega um viés machista. Com preços que variam de R$ 750 a R$ 9,5 mil, os bonecos seguem sendo um fenômeno cultural e comercial no Brasil.